Página criada pelo Farol
para celebrar o centésimo aniversário do Ginásio
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28 de junho de 2020
27 de junho de 2018
15ª Aniversário de "O Farol"
Escritura da constituição de
"O Farol - Associação de Cidadania de Cacilhas"
"O Farol - Associação de Cidadania de Cacilhas"
27 de Junho de 2003
Inicio do Farol from cacilhas farol on Vimeo.
16 de novembro de 2014
“Passeando por Cacilhas d’outros tempos” (Trailer)
Passeando por Cacilhas d'outros tempos (trailer) from cacilhas farol on Vimeo.
por Luís Bayó Veiga e Modesto Viegas
1 de novembro de 2014
A História do Farol de Cacilhas
Música e letra: "O Farol de Cacilhas" de Francisco Naia
Planta de construção: António Ramos
Postais antigos: Luís Bayó Veiga
Fotografias antigas: autor desconhecido
Fotografias actuais: Fernando Alves e Modesto Viegas
Logótipo: José Luís Guimarães
Apresentação: Modesto Viegas
Farol de Cacilhas - História from cacilhas farol on Vimeo.
30 de junho de 2011
O Tejo e as suas margens
«Apesar de não ser natural nem residente em Cacilhas, é com uma certa nostalgia que recordo os anos 50 e 60, quando aos sábados e domingos ia a Cacilhas levar o almoço ao meu pai, motorista da Piedense e mais tarde da Transul e RN.
O prazer que dava, ir um puto de lancheira na mão levar o almoço ao pai. Oriundo da Graça, atravessando Alfama, desembocando no rio que atravessava, sentado num molho de cordas, junto da proa dos então frágeis cacilheiros, ouvindo o "cada cor seu paladar" e "estica a uma croa", é inolvidável.
Toda a azáfama do atracar e partir, o embarcar e desembarcar por inseguros estrados, ajudados pela mão solícita dos marinheiros/cobradores, ouvindo os piropos às moças, olhando espantado os golfinhos e as gaivotas que acompanhavam o barco, mirando de soslaio os passeantes domingueiros com um certo pretenciosismo que me dava a condição de alfacinha, admirando à distância o mestre que do alto do seu posto de comando emanava ordens, observando intrigado alguns vultos que no lodaçal vizinho apanhavam minhocas e escutando maravilhado e falsamente desinteressado as histórias de grandes pescarias de corvinas e congros neste Tejo que me parecia um mar.
Foi neste ambiente que moldei o meu amor pelo rio e pelas suas margens.»
Texto: Carlos Neves.
Fotografia: Bilhete Postal da colecção particular de Luís Filipe Bayó Veiga.
O prazer que dava, ir um puto de lancheira na mão levar o almoço ao pai. Oriundo da Graça, atravessando Alfama, desembocando no rio que atravessava, sentado num molho de cordas, junto da proa dos então frágeis cacilheiros, ouvindo o "cada cor seu paladar" e "estica a uma croa", é inolvidável.
Toda a azáfama do atracar e partir, o embarcar e desembarcar por inseguros estrados, ajudados pela mão solícita dos marinheiros/cobradores, ouvindo os piropos às moças, olhando espantado os golfinhos e as gaivotas que acompanhavam o barco, mirando de soslaio os passeantes domingueiros com um certo pretenciosismo que me dava a condição de alfacinha, admirando à distância o mestre que do alto do seu posto de comando emanava ordens, observando intrigado alguns vultos que no lodaçal vizinho apanhavam minhocas e escutando maravilhado e falsamente desinteressado as histórias de grandes pescarias de corvinas e congros neste Tejo que me parecia um mar.
Foi neste ambiente que moldei o meu amor pelo rio e pelas suas margens.»
Texto: Carlos Neves.
Fotografia: Bilhete Postal da colecção particular de Luís Filipe Bayó Veiga.
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